O ESPECIALISTA EM EXTRATERRESTES
Morador de São Vicente acredita que há vida em outros planetas. Conta que já foi abduzido por um disco voador e manteve relação sexual com uma etéia
Por Douglas Luan
Quem passa pela movimentada Rua XV de Novembro, no Centro de São Vicente, quase não nota a casa 370. Mas repara em um adereço na fachada: um disco voador. Feito com alumínio, garrafa plástica e potes de gelatina, ele está pendurado em cima da entrada da casa.
No portão estão coladas várias reportagens. O tema delas? Objetos Voadores Não Identificados (ÓVNIS). Mais que o disco voador, são as matérias que atraem a atenção de dezenas de curiosos. Todos querem saber sobre o tema - os extraterrestres fascinam e intrigam os seres humanos.
Mas quem será que vive neste local? Esta também é a pergunta que muitos fazem, mas poucos têm coragem de bater palmas ou chamar o morador. Um misto de medo e vergonha intimida os curiosos. Mas o assunto desperta a atenção. Será que existe vida fora do planeta Terra? Talvez neste lugar exista a explicação.
A casa é um espaço criado para estudar, especificamente, a os extraterrestres. Nela vive Luciano Pera Houlmont, que há 33 anos comanda a Unidade de Ufologia de São Vicente, uma das únicas do gênero no estado. A paixão deste senhor pelo assunto é marcada por casos interessantes, em que, segundo ele, viveu a misteriosa experiência de ser abduzido.
A conversa com Houlmont começa com um alerta. “Aproveite para falar comigo enquanto não sou preso!”. Segundo ele, a Nasa (sigla da agência espacial norte-americana) já sabe de suas descobertas. “Eles não querem divulgar. Escondem isso de todo mundo há muito tempo. Não querem reconhecer o fato de existir vida em outros lugares e eles não terem descoberto”.
Houlmont é simpático e falante. Filho de um belga com uma brasileira, nasceu e foi criado em Lins, cidade do interior de São Paulo. Foi lá que começou a se interessar pelo assunto. “Sempre ouvi casos de extraterrestres que passavam pelas plantações. Mas na época (década de 1960), não tínhamos rádio, televisão nem telefone. Por isso era difícil pesquisar”.
Até que um dia, enquanto estava no trabalho, com apenas 18 anos, garante ter visto pela primeira vez o que todo mundo sempre falava. “Eu era escriturário e, durante o café do pessoal, todos começaram a apontar para o céu. Eles foram para janela ver o que era e eu larguei tudo e também fui matar minha curiosidade”. Era um disco em forma de prato, todo perolado e enorme. “Fiquei fascinado. Ele ia e voltava a todo instante. Era enorme, devia ter uns 30 metros de largura”.
Depois deste acontecimento, Houlmont decidiu estudar sobre o assunto que tanto o fascinava. “Comecei a conversar mais com as pessoas e buscar livros e reportagens”. Junto com isso, ele ingressou na carreira militar e foi em uma de suas idas para o quartel que aconteceu o primeiro contato, de fato.
“Saía de casa às 5 da manhã de bicicleta, pois tinha de chegar às 7 no quartel. Para isso cruzava uma avenida de três quilômetros que era cercada de um mato alto. Certo dia estranhei, pois não havia som de grilo, de sapo ou de cachorro. Daí senti uma força muito grande nas pernas que me fez parar e, quando olhei para trás havia uma enorme pirâmide negra. Tentei correr mas não consegui fiquei congelado, perdi os sentidos”.
Quando conseguiu sair olhou para o relógio e viu que estava parado. “Naquele momento fui abduzido”. Logo após recuperar os sentidos, diz se lembrar do que tinha acontecido. “Eles me seguraram, levaram para uma espécie de maca metálica e me despiram. Logo depois vi uma etéia (ET fêmea) do tipo Beta, nua. Me passaram uma espécie de pasta marrom e fétida e fiquei excitado”. Naquele momento, diz ter mantido uma relação sexual com a etéia. “Eles queriam tirar uma cópia genética”.
Depois que isso aconteceu, Luciano passou a estudar cada vez mais sobre o assunto. “Mas todos agiam com ceticismo, era sozinho”. Ao ser dispensado do serviço militar, começou a cursar Ciências Biológicas em Lins. “Estudava mitocôndrias, seres pequenos. Para isso sempre usava binóculos. Isso me fez apurar a visão e, assim, consigo analisar fotos e acontecimentos”.
Em 1972 saiu do interior e veio para Baixada Santista acompanhar a família. Mesmo mudando de lugar, continuou com a fascinante busca pela vida dos ETs. Aproveitou e fez pós-graduação em Biologia Marinha na Universidade Católica de Santos. Tudo para aperfeiçoar as pesquisas.
Enquanto as pessoas o chamam de louco, ele sempre contou com o apoio da família. “Sempre fui estudioso, o que faço é sério”. Para quem o critica ele responde de maneira ríspida. “Aqueles que me chamam de louco são como gado no rebanho: ninguém se desgruda, todos pensam da mesma forma. Ninguém abre a cabeça”. Ainda sobre a família, Houlmont nunca foi casado nem tem filhos. “Me casei com a pesquisa”. Nos últimos 40 anos, ele passa, no mínimo, 6 horas analisando fotos. ”E é em São Vicente que está a maior parte das minhas pesquisas”.
Recentemente, diversos casos vêm intrigando os moradores da Baixada. Quase toda semana, a mídia divulga uma matéria com alguém que viu uma luz forte, colorida, piscante ou algo parecido. E ele sempre dá entrevistas com análises profundas. “Em todo lugar, seja em Lins ou em Santos, a incidência é igual. O que muda é a percepção das pessoas”. Para ele, a população da Baixada Santista é mais atenta que a do interior.
E casos e mais casos chegam para o professor estudar. De várias cidades sempre surgem pessoas querendo saber o que é aquele ponto colorido na foto ou aquele ser estranho no vídeo. “Faço de maneira gratuita, para ajudar na pesquisa“. Houlmont é professor do Estado, mas está licenciado devido a problemas de saúde. Alguns casos que ele estudou ficaram marcados.
“Pessoas de uma empreiteira em Cubatão que trabalhavam no manguezal viram um objeto estranho, tiraram fotos e correram. Um disco voador explodiu em Ubatuba e até hoje recolhem os pedaços. Um professor de Santos manteve contato com um ET e marcou um encontro com ele na praia. Pena que divulgou para todo mundo e fizeram uma festa. Resultado: ele não foi”.
A maior batalha de Houlmont, segundo ele, é contra a Nasa, que ele disse que queria prendê-lo. “São os homens de preto, que não querem divulgar o que sabem. As coisas que estudo e falo aqui já são do conhecimento deles. E eles não querem saber”.
Depois das diversas pesquisas, o professor chegou à definição que existem quatro tipos de ETs: ômega (voa numa asa alienígena), Alfa (anão e musculoso), o marciano (olhos grandes e cabeçudo que vive no deserto de Marte) e os mais parecidos com o ser humano, os Betas-Chefes. “Cheguei a tudo isso com muita pesquisa, muito trabalho”.
Houlmont chegou à outra conclusão. “Os extraterrestres, exceto os marcianos vivem no interior da terra”. Como ele sabe disso? Graças à pesquisa. “Só é preciso estudar um pouco de física. Eles vivem há bilhões de anos lá e são bem mais desenvolvidos que nós, humanos. O interior da terra é oco e eles vivem lá. Quando precisam, saem de lá sem ninguém perceber, graças à força antigravitacional”. Segundo ele, por esta força os ETs ficam invisíveis a olho nu.
Depois de 33 anos de trabalho, ele se denomina um dos maiores especialistas a respeito do assunto. Definir um ET para ele parece ser a coisa mais fácil do mundo. “Um ser científico, técnico, puro em suas intenções, sem doenças e que demonstra estar mais preocupado que o homem por conhecer diferentes tipos de vida”. E agora, você acredita?
Nenhum comentário:
Postar um comentário